Quando escrevemos, nunca sabemos como seremos interpretados. – Cortella

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Vi essa frase hoje no insta do próprio autor. É um trecho de um dos seus livros que, inclusive, está no meu carrinho da Amazon.

Ela casa muito com alguns pensamentos que tive ao querer retomar a escrita. Por muito tempo, senti insegurança. Às vezes, quando refletia e compartilhava nas redes, causava incômodos, que serviam como freios e eu parava.

(Essa parte do incômodo fica pra explicar em outra oportunidade. Mas o incômodo não era meu, só pra destacar)

(Voltando…) Essa frase serve pra escrita, mas também pra vida inteira.

Você pode fazer uma escolha super pensada, com base no que é importante pra você, e vai ter sempre alguém achando qualquer coisa, ou até julgando.

Uma vez, um conhecido compartilhou comigo a teoria do “sempre tem alguém”. Sempre tem alguém pra elogiar, sempre tem alguém para criticar, sempre tem alguém pra ajudar, sempre tem alguém para atrapalhar. Sempre tem alguém observando, sempre tem alguém ignorando. Sempre tem alguém para qualquer coisa que seja.

E você pode mudar de trabalho, terminar um relacionamento, fazer uma tatuagem nova ou começar a estudar algo diferente… e vai ter alguém pra dizer que você está perdido. Ou querendo chamar atenção. Ou se passando.

A verdade é que não importa o quanto a gente tente explicar bem, fazer certo, embalar bonito: sempre vai ter alguém interpretando tudo pelo viés que tem. E não temos controle sobre isso.

Então, por que continuar tentando agradar todo mundo?

Spoiler: você não vai conseguir. E, enquanto tenta, provavelmente, vai começar a se afastar daquilo que faz sentido pra você, da tua essência. Que triste!

A gente se desgasta demais tentando moldar o que gosta, o que pensa e o que vive pra ser mais palatável pro olhar do outro. E o pior: muitas vezes esse outro nem está prestando tanta atenção assim. Tá mais preocupado em sobreviver ao próprio caos do que em analisar sua legenda do Instagram.

No fim, a comparação e o medo de julgamento são dois lados da mesma moeda, a ilusão de que existe um jeito certo de ser aceito. E olha… não existe. Até quem “acerta” erra.

É claro que ninguém vive numa bolha e todo mundo quer um pouco de validação. Quem não gosta de um elogio? Mas tem uma linha tênue entre querer ser compreendido e viver em função de agradar, e ela costuma ser cruzada quando a gente para de fazer o que gosta com medo de não ser entendido ou abandonado.

A boa notícia é que dá pra voltar. Dá pra criar, escrever, falar, fazer, sem a necessidade constante de aprovação. Com a leveza de saber que ser mal interpretado faz parte. E não o fim do mundo.

E se quem julga, critica ou fala mal já não tem acesso a você, está em mente com uma versão sua que nem existe mais, vish, não dá pra dar atenção, né?! A pessoa que se encarregue sozinha de tentar saber quem é você agora ou que viva nessa ilusão. Não cabe a você provar nada.

Porque, sinceramente? Não ser entendido por todo mundo, às vezes, é sinal de que você está exatamente onde deveria estar: sendo você e não um reflexo do que esperam.

#pas 😄

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